domingo, 31 de março de 2013

O Louco, O Papa e o Mago

Capítulo interessante e divertido sobre o processo de geração de ideias descrito por um 'curioso' da criatividade chamado Henrique Szklo (conheça mais sobre ele clicando no nome do autor) no livro 'O grande milk-shake e os canudinhos mentais' págs. 76-78.
Diz ele:
"Imagine que dentro de você existam três pessoas: O Louco, O Papa e o Mago.
Achei estas ilustrações mais eficazes para o assunto proposto.
Mais cartas desse baralho de tarot em http://fc09.deviantart.net/fs21/f/2007/260/3/a/Simpsons_Tarot_Cards_by_dustbean11.jpg
Os três são de fundamental importância no processo de criação, mas têm uma formação ideológica e uma formação de mundo completamente diferentes um do outro. São porém parte de uma equipe que não pode ser desfeita."
Segundo o autor cada um desses personagens atua no processo criativo de forma diferenciada, para facilitar o entendimento das características de cada um escolhi as cartas com ilustrações dos Simpsons. Uma família que conhecemos e fica mais fácil mostrar o processo criativo.
No começo do processo criativo pedimos que Ned Flanders (o vizinho de Homer) e Bart saiam da sala. Homer os expulsa para que fique à vontade, fazendo coisas de Homer (Louco). Homer então "se diverte, fala bobagens, viaja, enlouquece, solta a franga e faz o que dá na telha" - A figura do louco representa o inconsciente.
Quando o louco está bem relaxado fazendo sua parte do processo, entra seu vizinho, Ned Flandres, o Papa. Ned começa a avaliar o trabalho de Homer, corrigindo e tentando levá-lo para o 'bom' caminho. É o 'certinho' representante dos padrões sociais e sem que ninguém pergunte ele dará seu 'veredicto'. Nesse momento o clima de tensão entre o louco e o papa é inevitável.
É aí que entra o Mago Bart, com seu jeitinho, podemos até dizer, carioca decidirá que caminho tomar. geralmente acha uma saída pela tangente  e faz um acordo entre as ideias do louco e as verdades do papa. E como aqui representei o mago pela figura do Bart, podemos concluir que o processo criativo vai 'se dar bem'.
 
Portanto aqui vai  uma dica:
Inicie seu processo criativo sem o julgamento do papa ou os 'lobbys' do mago. Deixe o louco falar, deixe as ideias saírem. Use papel ou gravador, só não perca nenhuma das bobagens que constituem esse primeiro momento.
Depois de tudo posto, das ideias colocadas para fora, comece o julgamento de cada uma delas. Não esqueça de chamar o Mago para esta parte do processo, ele é importante pela sua flexibilização e pelo seu olhar abrangente.
Cuidado com o Papa, ele ajuda a escolher o 'melhor' caminho, porém está preso a costumes e hábitos. Reflita sobre eles antes de tomar decisões em seu processo.
 
Bom início de jornada pela estrada de tijolos amarelos... ou por Springfield... como preferir...